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A associação livre alivia o estresse da sociedade atual

  • Foto do escritor: Consultório Ser Feliz
    Consultório Ser Feliz
  • 26 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Estudar, pesquisar, compreender e tratar a mente humana é sempre um grande desafio, que exige dos profissionais envolvidos, o empenho através da escuta, denominada associação livre, por Sigmund Freud, o médico neurologista, estudioso, pesquisador, do pensamento e do comportamento humano, sendo ele, o fundador, o pai da psicanálise. E, até os dias atuais é um estudo que permeia a nossa sociedade em busca de tratamento para muitas doenças, as quais não bastam remédios homeopáticos, fitoterápicos ou alopáticos, mas sim, as sessões de psicoterapia, onde se busca as causas dos problemas ou distúrbios psíquicos, para sanar os sintomas, sendo eles recentes ou desde a infância.

A terapia com o psicanalista e o tratamento com o psiquiatra, inúmeras vezes sendo necessária para o bem estar e a cura do paciente que chega ao consultório, sem saber por onde começar o seu discurso, até mesmo, por não conhecer a pessoa a quem, pouco a pouco ou, em outros casos, muito rapidamente consegue falar sobre as suas dúvidas e angustias, detectando a raiz do problema atual. A procura do paciente de um profissional ao qual possa de fato expor os seus pensamentos e os sentimentos, sem receio ou vergonha de falar o que sente de fato e os motivos que o levou ao consultório.

A princípio, Freud atendia os seus pacientes com a prática da hipnose, acreditando que isso permitia ao paciente falar sobre tudo quanto perturbava não apenas o seu consciente, mas, muito além, o alívio de falar sobre os pensamentos contidos no inconsciente e conseguir resolver os seus conflitos, a “dor na alma”, assim, como ele dizia ao cuidar dos seus pacientes, A hipnose, que também incluía apertar a testa do analisando era para que ele pudesse recordar os acontecimentos que lhe faziam mal, falar sem medo culpa ou vergonha, os pensamentos mais enraizados possíveis e, com isso, a sensação de alívio.

Mas, posteriormente, Freud desenvolve a associação livre, que consiste no método desenvolvido por ele, quando, em atendimento a uma paciente, Sra. Emmy Von N., que com a sua frase direta à Freud: “para de fazer perguntas e me deixe falar”, ele passou a deixa-la falar livremente sobre os seus temores.

A liberdade do paciente para poder falar o que sente, sem ressalvas, e o respeito do psicanalista para dar voz ao seu paciente de acordo com a associação livre, se faz necessário para de fato haver uma maior conscientização e a tomada de decisões após a compreensão sobre as dificuldades a serem superadas ou minimizadas, quando o fato que desencadeou os problemas emocionais, não tem um retorno, como por exemplo, a morte. Mas, mesmo sem um retorno, existe a necessidade de superar o conflito.

É fato que quando se vai a um consultório médico com uma lesão e sintoma físico ou orgânico, um exame pode detectar os motivos da dor e/ou do mal estar e a prescrição do remédio para aliviar os sintomas, entretanto, em se tratando da mente, a associação livre permite ao indivíduo, falar com liberdade de expressão, sem medo ou pudor e isso é o recomendado, mesmo porque, pode-se através desse método, identificar a causa raiz dos problemas apresentados e somente assim, é possível encontrar saídas para a resolução das causas perturbadoras as quais pode envolver os sinais de depressão ou outras doenças psicossomáticas diversas ou transtornos que em muitos casos requerem os cuidados de um psiquiatra ou neurologista, concomitante com as sessões de psicoterapia. Assim, as sessões de psicanálise podem ter início com uma anamnese, visando um direcionamento para a continuidade do tratamento, respeitando de fato, o tempo e a individualidade do paciente, oportunizando a liberdade de expressão com os relatos desde a tenra idade até os dias atuais, indo e vindo com os assuntos ou o motivo pelo qual decidiu buscar ajuda psicanalítica.

É notório que a nossa sociedade requer uma atenção especial aos inúmeros casos que chegam aos consultórios e clínicas de psicoterapia. O cotidiano com as obrigações nem sempre suprindo as necessidades básicas das pessoas, têm provocado o estresse e muitos problemas emocionais, nem sempre simples de se lidar sem a ajuda de um profissional.

Nota-se ainda que houve o aumento da quantidade de casos de transtornos em crianças, adolescentes, adultos e idosos e quando se tem a oportunidade da escuta, isso favorece até mesmo uma auto análise e faz repensar em estratégias pessoais para a resolução dos problemas. O estresse acompanha o cotidiano e a busca de colocação profissional, realizações, oportunidades para suprir as necessidades básicas da família e com isso, estamos vivendo em uma sociedade “doente”, que precisa de tratamentos e neste caso, a psicanálise é indicada para que possam ir ao encontro de uma vida mais humana e feliz!


Por Márcia Cristina F. R. Battistini

 
 
 

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